BIOgrafia
Theo Gomes
Artista Visual

Theo Gomes (Pernambuco, 1982) é artista visual e designer multidisciplinar. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Sua produção transita entre pintura, escultura, instalação, desenho e suportes digitais, articulando diferentes linguagens em torno de uma investigação contínua sobre a forma, a cor e a materialidade.
Com sólida trajetória nas áreas de design e direção de arte, desenvolveu um olhar apurado para os contrastes entre rigor e improviso, estrutura e intuição. Essa experiência se desdobra em sua prática artística, que explora a geometria como campo vivo de transformação.
Sua pesquisa atual se concentra no conceito de Geometria Transformativa — uma abordagem que compreende a geometria não como sistema fechado, mas como linguagem em fluxo. Formas precisas, cores calculadas e materiais reaproveitados são tensionados para reorganizar a percepção do espaço e instaurar atmosferas entre o racional e o sensível.
O uso de ferramentas não convencionais e materiais descartados insere acasos e texturas no processo, conferindo às obras uma dimensão tátil e poética que dialoga com memórias, afetos e tempo.
Declaração de
Artista
A prática é orientada por uma investigação contínua da geometria enquanto linguagem em transformação. Através de composições minimalistas, o trabalho busca criar tensões visuais que ativam o olhar e estimulam uma escuta sensível da matéria.
A série mais recente parte da ideia de que toda forma carrega potencial de mudança. Linhas, planos e volumes se organizam a partir de estruturas precisas, mas abertas à interferência do gesto, do acaso e da imperfeição. A cor — por vezes contida, por vezes vibrante — atua como vetor de emoção e atmosfera, operando transições entre o rigor geométrico e a fluidez poética.
No processo, materiais descartados e objetos cotidianos são ressignificados, assumindo papel central na construção das obras. Ferramentas improvisadas, como o uso de bagaço de cana no lugar de pincéis tradicionais, inserem camadas de textura e memória, evidenciando a presença do tempo na superfície.
Geometria Transformativa é, assim, um campo de experimentação onde forma, cor e matéria coexistem em estado de fluxo. Cada obra propõe um convite à contemplação — um espaço onde o essencial se revela instável, e o silêncio da forma carrega densidade expressiva.